Em Donetsk, seleções fazem partida sem muita emoção: 1 a 1
Milner, da Inglaterra, dribla o goleiro lloris e perde gol incrível na sequência (Crédito: (Foto: Agência Reuters) )
Se a Inglaterra queria passar a imagem de que a equipe que trouxe à Euro 2012 não deve ser colocada entre as favoritas, acertou em cheio. Já a França decepcionou após resultados convincentes na preparação para o torneio, principalmente dois de seus principais nomes, Franck Ribery e Karim Benzema. O resultado foi um jogo ruim e um empate em 1 a 1 nesta segunda-feira, na estreia das duas seleções no Grupo D da Eurocopa, em Donetsk.
Rússia vira destaque em clássico
Em campo, a Inglaterra tomou a iniciativa da partida bem ao estilo do país. O que virou o "jeito Chelsea" de jogar desde que o time azul conquistou a Liga dos Campeões, fechado na defesa e saindo em velocidade nos contra-ataques, já vinha sendo trabalhado pelo treinador Fabio Capello até sua saída em fevereiro e é o esquema predileto de seu substituto, Roy Hodgson. Aos franceses restou arriscar os chutes de fora da área.
Foi num deles que Nasri criou a primeira chance de gol, aos 10 minutos, mas a bola passou à direita de Joe Hart. Cinco minutos mais tarde, Yohan Cabaye testou novamente o goleiro inglês e Hart espalmou no susto. A resposta inglesa não demorou. Quando finalmente conseguiu encaixar um contra-ataque, a Inglaterra quase abriu o placar. James Milner recebeu em profundidade, passou pelo goleiro Hugo Lloris, mas se enrolou e bateu na rede pelo lado de fora. Fora das duas primeiras partidas da Inglaterra na Euro, por conta de suspensão nas Eliminatórias, Wayne Rooney lamentou a jogada assistindo da arquibancada
Com Franck Ribery e Karim Benzema um tanto discretos, quase apagados, a resposta francesa também veio pelo alto, aos 35. Alou Diarra teve duas chances de empatar de cabeça numa mesma jogada. Primeiro, após cruzamento de Nasri pela direita, o toque parou em grande defesa de Joe Hart. Na sequência, nova cabeçada que passou à direita do gol.
Sem conseguir entrar na defesa adversária, a solução da França foi novamente chutar de longe. Aos 39, o melhor nome francês na primeira etapa, Nasri, bateu da entrada da área e contou com alguma colaboração de Joe Hart que chegou tarde na bola que entrou em seu canto direito. Na comemoração, o meia campeão inglês pelo Manchester City pôs o dedo na boca para mandar a torcida inglesa fazer silêncio.
Clássico só no nome
No início da etapa final, a parte da animação coube novamente à torcida, que enfim conseguiu emplacar a "ola" que vinha tentando fazer rodar o anel da arquibancada desde o primeiro tempo. Passados 20 minutos, tudo o que os ingleses tinham para lembrar era uma queixa de uma suposta falta de Mathieu Debuchy sobre Gerrard na entrada da área, enquanto os franceses tiveram uma primeira aparição de Benzema num chute de longe que Joe Hart defendeu no meio do gol.
Roy Hodgson ainda tentou mudar a situação com o que tinha no banco a 12 minutos do fim. Mexeu no meio campo, trocando Scott Parker por Jordan Henderson e botando Jermain Defoe na vaga de Alex Oxlade-Chamberlain, que sentiu o peso de estrear num grande torneio aos 18 anos e passou boa parte do jogo atrapalhando-se com a bola.
Laurent Blanc esperou um pouco mais para mexer, já com seis minutos para terminar, lançando Marvin Martin e Hartem Ben Arfa nos lugares de Florent Malouda e Cabaye, que pouco antes tentara tirar o zero do placar com um belo chute de fora da área: Danny Welbeck desviou quase de calcanhar para fora, evitando que a bola entrasse no canto esquerdo. Fora isso, nada mais aconteceu em campo numa partida que em momento algum mereceu ter um vencedor. Os franceses e ingleses que decidiram não viajar até Donetsk fizeram um ótimo negócio.
Laurent Blanc esperou um pouco mais para mexer, já com seis minutos para terminar, lançando Marvin Martin e Hartem Ben Arfa nos lugares de Florent Malouda e Cabaye, que pouco antes tentara tirar o zero do placar com um belo chute de fora da área: Danny Welbeck desviou quase de calcanhar para fora, evitando que a bola entrasse no canto esquerdo. Fora isso, nada mais aconteceu em campo numa partida que em momento algum mereceu ter um vencedor. Os franceses e ingleses que decidiram não viajar até Donetsk fizeram um ótimo negócio.
FRANÇA: Lloris; Debuchy, Rami, Mexès e Evra; Cabaye (Ben Arfa), Ribéry, Nasri, Malouda (Martin) e A. Diarra; Benzema. Técnico: Laurent Blanc
INGLATERRA: Hart; G. Johnson, Terry, Lescott e A. Cole; Gerrard, Young, Milner, Parker (Henderson) e Oxlade-Chamberlain (Defoe); Welbeck (Walcott). Técnico: Roy Hodgson.
Gols: Lescott, aos 29, e Nasri, aos 38 minutos do primeiro tempo;
Cartões amarelos: Oxlade-Chamberlain, Young (ING);
Estádio: Donbass Arena, Donetsk (Ucrânia). Data: 11/06/2012. Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA). Auxiliares: Renato Faverani (ITA) e Andrea Stefani (ITA).
Cartões amarelos: Oxlade-Chamberlain, Young (ING);
Estádio: Donbass Arena, Donetsk (Ucrânia). Data: 11/06/2012. Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA). Auxiliares: Renato Faverani (ITA) e Andrea Stefani (ITA).
Globoesporte
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